Exército investiga 35 atiradores por posse irregular de armas na Bahia e Sergipe
Situação foi descoberta durante fiscalização de 60 clubes de tiro nos dois estados
Bruno Wendel
bruno.cardoso@redebahia.com.br
01.08.2019
O Exército investiga a situação de 35 atiradores nos estados da Bahia e Sergipe. Eles deixaram de cumprir uma das determinações para ter a posse de arma: a legislação determina que cada pessoa deve participar pelo menos 8 vezes do clube de tiro no ano. Essas 35 pessoas são suspeitas de não atingirem essa quantidade mínima de presenças.
A situação foi descoberta durante a Operação Impacto III do Exército que consiste na fiscalização dos 60 clubes de tiro nos dois estados. A ação, que inclui 33 militares, foi iniciada no dia 27 de julho e não tem prazo determinado de finalização.
“O objetivo é fiscalizar todas as entidades de tiro esportivo, pois cabe ao Exército controlar e registrar todos os atiradores e escolas de tiros. Os clubes são também um órgão fiscalizador e devem informar a frequência do atirador. No caso de não frequentador não assíduo, sofrerá um processo administrativo e poderá ter o registro cancelado”, declarou o chefe da Seção do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 6ª Região Militar, o coronel Marcelo Baptista Oliveira da Silva, que abrange Bahia e Sergipe – nos dois estados somam um total de 8 mil atiradores.
Dois clubes de tiro foram notificados pelo Exército. “Um em Ilhéus, aqui na Bahia, e outro em Sergipe. Mas não foi nada grave. Foram irregularidades documentais que foram resolvidas logo em seguida”, explicou o coronel.
Ele disse que, após o decreto da flexibilização da posse de armas, houve um aumento considerável na venda de armamentos. “Todo ano tem crescimento, mas no ano passado, com o decreto, teve um número expressivo. A gente nota com a procura grande”, disse o coronel que, no momento, não dispunha de dados.